quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

E mais uma vez [...]


Aquela velha cena; ela caminhava sozinha de volta para casa com lágrimas nos olhos. Mais uma vez, a mesma sensação. Era como se depois de tanto andar, ela continuasse no mesmo lugar. Ela estava cansada, era longo o caminho e não tinha fim. Quando ela olhava em volta, tudo estava igual. Ela estava perdida, tantas decepções haviam lhe confundido a visão. O problema todo, era que ela não podia se afastar dessa pessoa que tanto lhe fazia mal, que tanto a machucava e lhe decepcionada, por que essa pessoa, que ela mal reconhecia era ela mesma. E Isso lhe causava enjôo. Ela não conseguia ir a lugar nenhum. Isso lhe causava ódio. Doía. Pensar em que não tinha progredido com seus erros, como todos sempre lhe diziam que iria ser.. mas isso não era novidade nenhuma, afinal ela sempre escutava ouvir falar de um mundo, que também não era exatamente como diziam. Doía, saber que ela estava cansada, e não havia nada para a motiva-la a mudar essa situação. Quando ela achava que tinha se encontrado, ela voltava para o mesmo lugar, e repetia tudo de novo, exatamente com antes. E no final, quando ela pensava que tinha chegado, ela percebia que todo seu caminho não a levara a lugar nenhum, que tudo havia sido em vão. Ela só queria poder sumir, pra onde não existisse nada. Por que talvez lá, nada mais tivesse importância.
Áurea M.

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